Quantidade ou Qualidade?

Não aguento ouvir tanta bobagem

A imprensa amapaense, da qual eu também faço parte a mais de 10 anos, vem ganhando a cada dia novas emissoras , tanto de rádio como  de televisão, principalmente no município de Santana. Observamos um crescimento desordenado, onde os proprietários desses veículos de comunicação, na sua maioria políticos,  buscam a todo custo preenche sua grade de programação, com programas  que “falem mal” de seus adversários ou que no mínimo os defendam.  Funciona basicamente assim, o responsável pelo programa tem que ser afinado com grupo político do dono da emissora, aí ele assume um horário, não precisa se preocupar em ter bons profissionais para atuarem, como: um bom apresentador(a), bons repórteres, o importante, é que paguem em dia o programa, pois a emissora precisa se sustentar, ou seja “andar com sua próprias pernas. Como a concorrência é grande, os diretores colocam “qualquer um” para fazer programa, o principal requisito éter disposição para ir em busca de patrocínio, muitos destes sem nenhuma experiência pelo ao menos com Comunicação, como dançarinas e um boa gama deles são DJ’s, nada contra, mas, que eu saiba DJ entende de música e festa.

Diante deste cenário armado, que muitas das vezes, parecem palanques de campanhas políticas, com “matérias” claramente tendenciosas, também observamos, não generalizando, são programas  que se tornam repetitivos, apresentando-se na seguência até de três ou mais, com o mesmo estilo ou gênero, principalmente programas de notícias policiais, dando quase sempre a mesma notícia, em programas de entretenimento, tem artistas que estão todos os dias na TV, melhor até que muitos famoso do Brasil, isso acontece porque com tantos programas de TV em Santana,os convites se acumulam, e não se assustem se algum apresentador brigar com o outro, por causa de alguma atração. Aí me vem a pergunta, será que Santana estava preparada para receber todos esses veículos de comunicações, se o comércio local é forte o suficiente para patrocinar todos esses programas, existem programas que cobram pelo comercial de TV, mídia de até R$ 150,00 por mês, como eu já pude contatar,  valor inferior aos de muitos programas de rádio, que são os principais prejudicados por essa concorrência desleal.

Pagou, falou!

Com isso Santana perde grandes profissionais da comunicação, que ficam sem espaço para trabalhar, eles que buscam sua valorização pela qualidade de seu trabalho, e não pelo valor do recibo que a emissora lhe emite, confesso que eu já recebi convites de alguns programas, para atuar como repórter, mas, não me sentir a vontade por conta dessa situação, muitos jamais recusariam um convite dessa natureza, por pensarem somente na busca da notoriedade, para tirarem proveito social ou político,  deslumbrando-se com as câmeras, holofotes e microfones a sua frente. Devemos sim dar a oportunidade para quem está começando, mas, sem deixar de valorizar o talento e a qualidade de um bom jornalismo.