É estável o quadro da menina Dayane Nogueira, 6 anos, vítima de escalpelamento após acidente ocorrido no último sábado (23), em Melgaço, na Ilha do Marajó. A criança foi atendida em Belém pela Santa Casa de Misericórdia do Pará, após ser transferida de avião do Hospital Regional de Breves à capital paraense.
Dayane teve escalpelamento parcial, porém, com exposição óssea. Nesta quarta-feira (27), a menina será avaliada por uma equipe de médicos, que analisará seu quadro clínico e decidirá se ela tem condições de ser submetida a uma intervenção cirúrgica. Enquanto isso, a menina mostra-se sorridente e brinca com os profissionais de saúde da unidade hospitalar.
Inicialmente, Dayane foi submetida a exames de raio-x, hemograma completo e tomografia do crânio. “A alta médica provavelmente ainda vai demorar, mas o importante é que a minha filha foi bem atendida por todos, passa bem e está fora de perigo”, disse a dona de casa Santina Braga Nogueira, 33 anos, mãe da menina.
A Santa Casa é referência no atendimento a vítimas de escalpelamento. Dos nove casos registrados este ano no Estado, sete foram atendidos pelo hospital – três crianças e quatro adultos. Ano passado, doze casos foram contabilizados pelo centro materno-infantil. A estatística de escalpelamento do Estado conta com 401 casos registrados, no total.
“Desde 2006, verificamos a necessidade de estruturarmos uma equipe integrada para atender casos de escalpelamento. A equipe de profissionais é formada por três cirurgiões plásticos, enfermeiros, fisioterapeutas, assistentes sociais, psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais”, enumera a enfermeira Socorro Ruivo, coordenadora do Programa de Atendimento às Vítimas de Escalpelamento da Santa Casa. “Trata-se de um tratamento de longo prazo, que, na maioria das vezes, começa na infância e se estende até a fase adulta das vítimas”, explica.
(Da redação)
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