A ex-governadora do Pará, Ana Júlia Carepa, está inelegível até 2018. Essa foi a decisão do pleno do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), que a condenou nesta terça-feira (17) por abuso de poder econômico, político e de autoridade. A pena começa a ser contada a partir das eleições de 2010.
Ela foi condenada durante o julgamento da Ação de Investigação Judicial Eleitoral ajuizada pela Coligação Juntos com o Povo (PPS, DEM, PSDC, PRTB, PMN, PRP e PSDB), onde também apareciam como denunciados o candidato a vice na chapa de Ana Júlia, Anivaldo Vale, o ex-secretário de Planejamento, Orçamento e Finanças durante a gestão petista, José Júlio Ferreira Lima, Fernando Carneiro e Coligação Frente Popular Acelera Pará (PT, PRB, PP, PDT, PTB, PTN, PSC, PR, PHS, PV, PSC).
Conforme a denúncia, nos meses de junho e junho de 2010, foram publicados, no Diário Oficial do Estado, mais de 100 extratos de convênios com prefeituras cujos gestores seriam de partidos aliados ao governo do PT, para a transferência voluntária de recursos oriundos do empréstimo de R$ 366 milhões obtidos através do BNDES. As transferências ocorreram próximo às eleições daquele ano, portanto, em periodo vedado pela Justiça Eleitoral.
Na ação ajuizada, a coligação impetrante observa que a Lei não restringe a assinatura de convênio, mas restringe a transferência de recursos para obras novas, dentro do período eleitoral. Ana Júlia já havia sido condenada à inelegibilidade pelo repasse de verbas a prefeituras em período vedada, pelo mesmo Tribunal.
Em nota, a assessoria de comunicação de Ana Júlia Carepa informou que recorrerá da decisão junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
(Da redação)
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