Em 21 de março de 1999, entrava em operação a estação geradora de energia elétrica da Guascor, em Gurupá, logo após o processo de privatização da Celpa (Centrais Elétricas do Pará). A partir daquele momento, os consumidores que antes utilizavam o serviço por apenas 12 horas, passariam a receber energia elétrica continuamente. Sem utilidade, a antiga usina termoelétrica da Celpa foi desativada e desmontada, ficando para traz somente o prédio com alguns tanques que serviam para armazenar combustível. Desde então, a empresa responsável deixou entregue ao tempo, ou seja, em total estado de abandono.
A falta de iluminação, e a inexistência de um zelador, contribuíram significativamente para a criação de uma situação de risco social. De acordo com o conselheiro tutelar, Reinaldo Rodrigues, o órgão tem recebido várias denúncias referentes a desordem promovida pelos frequentadores do prédio abandonado. Segundo ele, o local tem sido utilizado com frequência por menores de idade, geralmente no horário da noite, quando a escuridão toma conta do ambiente. “Durante os trabalhos de fiscalização, flagramos alguns menores de idade consumindo bebida alcoólica no local, com indícios de que lá, possivelmente seja também um ponto o uso de entorpecentes”, enfatizou. Disse ainda, “o conselho tutelar já comunicou a Celpa sobre o problema, mas até o momento não recebeu nenhuma resposta sobre o assunto”, finalizou.
Segundo informações, outro local utilizado para essa prática, é o estádio municipal, onde também estariam ocorrendo com frequência o uso de drogas e bebidas, devido a facilidade de acesso, falta de iluminação e ausência de vigilância. Até o fechamento desta matéria, não obtivemos informações por parte da Prefeitura e da Celpa. Ficando por enquanto no campo especulativo os seguintes questionamentos: A Celpa após abandonar o prédio, ainda teria direito sobre o terreno? Caso a empresa tenha recebido uma concessão de uso por parte da prefeitura. A área deveria voltar para município? A considerar o total estado de desamparo e inutilização.
(Por: Dailton Palheta – Rede de Notícias SBC Brasil)
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