As constantes denúncias envolvendo a qualidade dos serviços prestados à população pelas empresas operadoras de transporte hidroviário para o Marajó, levaram a Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos do Pará (Arcon-PA) a realizar uma reunião com órgãos e entidades civis na última segunda-feira, 2, na sede do órgão, em Belém. De acordo com o promotor de Justiça de Soure, Guilherme Coelho, alguns ajustes no serviço serão anunciados em breve. Uma nova reunião está programada para o próximo dia 12. O Diretor de Normatização e Fiscalização da Arcon-PA, Ivan Bernaldo, explicou que a quantidade de denúncias da população quanto a segurança das embarcações, a demora no tempo de viagem, a qualidade dos equipamentos e a acessibilidade dos deficientes motivaram a busca de soluções para mudar este cenário. "A intenção é traçar uma proposta em parceria com os órgãos envolvidos com a segurança, as empresas operadoras e a população para a melhoria do serviço oferecido".
Foram convocados para a reunião representantes do Ministério Público, Capitania dos Portos, Movimento Acorda Marajó, Associação Comercial de Soure, Câmara Municipal de Soure e empresas operadores. Para o representante do Movimento Acorda Marajó, Dário Pedrosa, a deficiência e a falta de qualidade do transporte hidroviário no Marajó é um problema antigo. "Mas acreditamos que estamos próximos da conquista de melhorias no transporte para o Marajó", ressaltou. Antes dos ajustes no serviço serem anunciados, serão necessários estudos técnicos que serão apresentados na próxima reunião, marcada para o dia 12 de setembro. "Hoje alinhamos as próximas ações que serão adotadas no dia 12, com previsão de divulgação de mudança de horários e substituição de equipamentos antigos por outros mais adequados, mas existem fatores climáticos e operacionais que serão analisados de forma técnica para que as mudanças sejam aplicadas e divulgadas à sociedade", concluiu o promotor Guilherme Coelho.
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