Fora da reserva de Mamirauá, AM, as técnicas de pesca do pirarucu ainda são predatórias
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Para Mendes, o modo de vida extrativista seria capaz de proporcionar um sustento digno aos povos da floresta sem prejuízo ambiental, desde que amparado pelo governo. Ou seja, em vez de derrubar a mata para dar lugar à agropecuária, a população local poderia viver da coleta de seivas e frutos e da venda da madeira de árvores mais velhas.
No jargão científico, esse modelo é chamado de desenvolvimento sustentável e, para se tornar realidade, precisa alcançar três objetivos: ser economicamente viável, preservar o ecossistema e reduzir a pobreza das pessoas que vivem no entorno. Essa agenda orientou inúmeros projetos de ONGs e governos, além de pautar encontros internacionais como a Eco 92 e a Rio+20, no Rio de Janeiro.
Agora, um dos maiores patrocinadores desses projetos, o Banco Mundial, concluiu que a tentativa de aplicar o conceito da sustentabilidade a áreas florestais quase nunca dá certo. O surpreendente mea-culpa está em um relatório feito para uso interno da instituição, e que foi discutido em uma reunião fechada na sede do banco em Washington, há duas semanas. È preciso repensar. (Da redação - SBC Brasil - Filial: Gurupá-PA)
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