De acordo com análises técnicas realizadas pelo perito criminal, Paulo Ozela, do Centro de Perícias Criminais Renato Chaves, o tiro que matou João Paulo de Lima, de 14 anos de idade, no dia 12 de agosto de 2015, foi efetuado para cima. Segundo Paulo Ozela, é possível calcular a trajetória dos projeteis de formato esférico, de aproximadamente 6 milímetros, disparados com uma arma de calibre 12, através de marcas deixadas no alto de uma das árvores próximas ao local do crime. A perícia trabalha com as hipóteses de que uma das esferas resvalou no tronco da árvore, e em seguida atingiu a cabeça de João Paulo. A outra é de que ele estaria no meio da trajetória do tiro, e um dos projeteis o atingiu diretamente, mas para isso, a vítima teria que ter subido no cercado, apoiando-se em uma das estacas que sustentam a estrutura de arame farpado, ação também provável. Segundo o delegado Geraldo Borges Pimenta Neto, o trabalho de perícia criminal, atende ao pedido do Ministério Público, feito pelo Promotor David Terceiro Nunes Pinheiro, que ainda pede a realização do exame necroscópico no corpo vítima. De acordo com o delegado de Gurupá, o acusado Jean Marie Etienne Xavier Royer, de nacionalidade francesa, que responde em liberdade pelos crimes de Homicídio doloso qualificado, e porte ilegal de arma, será ouvido novamente pela Polícia. Assim como as testemunhas citadas nos autos do processo, informou. Em havendo a consideração do laudo, segundo juristas, existe a possibilidade de que o crime seja tratado como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. Ficando inalterada a acusação de porte ilegal de arma. O local onde ocorrera o fato, encontra-se em total estado de depredação e abandono, combinando curiosamente com silêncio deixado pela dúvida, quanto ao desfecho deste triste episódio.
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