Os quatro mamíferos estavam vivendo há cerca de quatro anos na base flutuante do Centro de Recuperação de Peixes-boi do Zoológico do Centro Universitário da Amazônia (Unama) na região ribeirinha. Nesse tempo eles estavam na segunda fase de readaptação no habitat natural depois de receberem tratamento na sede do zoológico.
A soltura contou com o apoio de diversos órgãos, entidades, alunos de séries iniciais e dos moradores que lidam dia a dia com os animais. O momento foi de alegria pela conquista, pois essa é a primeira soltura de quatro peixes-boi juntos, com monitoramento de radiofrequência no Pará.
Dois machos e duas fêmeas batizados como Bolinha, Guerreiro, Paluda-Açu e Chimanga, com tamanhos entre 1,70 m a 1,90 m, os peixes-boi foram reintroduzidos no Lago Pachiquim, afluente do rio Amazonas, na área conhecida como Baixa do Bom Jardim, onde há diversidade de alimentação e maior chances de reprodução com animais nativos.
A cada reintrodução, licenciada e acompanhada por órgãos ambientais, aplausos e gritos de “Viva o meio ambiente” foram proferidos pelas crianças que presentes a ação.
Afetividade e trabalhos educativos
Desde o momento em que saíram dos tanques artificiais no ZooUnama, os peixes-boi receberam cuidados de dois comunitários na base flutuante, principalmente com a alimentação. As estruturas funcionam como semi cativeiros.
Ainda quando pescador, Reginaldo resgatou um filhote e entregou aos cuidados do ZooUnama. Hoje em dia ele trabalha na preservação da espécie.
Projeto Peixe-boi
Vítimas da predação humana, as mães de peixes-boi são mortas e os filhotes largados ao relento por não terem valor comercial ou cultural. Por serem totalmente dependentes das mães, sozinhos na natureza eles não sobreviveriam. Dessa forma, todos os resgates feitos são de filhotes em idade de amamentação.
A transferência até a base foi traçada para que os animais sofressem o menor estresse possível. Eles eram foram enrolados em toalhas, colocados em colchões molhados e eram hidratados de minuto a minuto.
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