Um bebê prematuro de apenas dois dias estava internado e respirando através de máquina de oxigênio improvisada com copo plástico em Cachoeira do Arari, no Arquipelágo do Marajó. Wendrio Lucas Barbosa nasceu no dia 1º de janeiro e morreu no início da tarde desta sexta-feira (3) após não conseguir ser transferido para um leito adequado em um hospital com atendimento avançado.
De acordo com a prefeitura de Cachoeira do Arari, o uso do copo plástico foi uma opção do médico responsável pelo caso, que alegou que devido a criança ser prematura e muito pequena, as máscaras de oxigênio da unidade hospitalar não seriam adequadas para oxigenar o bebê. O médico Márcio França, que realizou o procedimento, disse que o improviso é comum nos atendimentos de saúde pública do Brasil, ainda mais em regiões pobres e com poucos recursos como o Marajó.
A prefeitura informou que foram disponibilizados leitos em Belém, Barcarena e Breves nesta sexta-feira (3), mas o resgate foi impossibilitado devido as condições climáticas da região. Durante a espera, o quadro de Wendrio, que não respirava adequadamente e não conseguia se alimentar, se agravou e ele morreu.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) declarou o resgata aéreo não poderia ser feito no momento em que recebeu o pedido de transferência do bebê, na noite de quinta-feira (2). A Sespa informou que acionou o resgate aéreo para transferir o Wendrio para um leito que havia sido liberado no Hospital Regional de Breves, mas que por conta do mau tempo, não foi possível o transporte decolar.
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