Uma Unidade Demonstrativa (UD) de criação da espécie tambatinga em tanque-rede dentro de um igarapé, instalada em novembro de 2011 pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) em Senador José Porfírio, na Transamazônica, pode ser o despertar do interesse por piscicultura no município, cujas tradições da agricultura familiar quase que se limitam à pecuária, ao plantio de cacau e às roças de mandioca, milho e arroz.
“Com a expansão populacional da região, sobretudo por conta da construção da Usina de Belo Monte, o pescado tem ficado cada vez mais caro, o que vem dificultando o consumo por parte dos agricultores. Assim, com a ideia de eles próprios criarem peixe, garante-se não só a inclusão da carne na alimentação das próprias famílias, mas também um novo mercado, muito promissor, com manutenção fácil e lucro em torno de 60%”, diz o chefe do escritório local da Emater, o técnico em agropecuária Arino Tabosa.
A estrutura de dois tanques-rede com mil alevinos cada funciona em um igarapé, curso do rio Xingu, na propriedade do agricultor Alvimar Sousa, atendido pela Emater há 15 anos. De acordo com a Empresa, a Unidade não prejudica o fluxo da água, nem qualquer outra variável do ecossistema. A primeira despesca está programada para meados de 2014. Um Dia de Campo da atividade deve ser realizado ainda este ano.
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