O governador Simão Jatene sancionou, quinta-feira (3), três leis
propostas pela Assembleia Legislativa, que determinam que sete clubes de
futebol paraense passem a ser considerados patrimônio cultural de
natureza imaterial do Estado. A decisão publicada no Diário Oficial
desta sexta-feira (4) determina que Paysandu, Remo, Tuna
Luso-Brasileira, Castanhal Esporte Clube, Águia de Marabá, São Raimundo
de Santarém e Cametá estão oficialmente na memória dos cidadãos
paraenses.
O novo título adquirido pelos clubes
paraenses lhes dá um novo status, pois, além de estarem no coração da
torcida local, agora são reconhecidos oficialmente como traço integrante
da cultura paraense. O titular da Secretaria de Estado de Esporte e
Lazer (Seel), Marcos Eiró, diz que a decisão é importante para a memória
do esporte.
“O paraense é um povo apaixonado pelo
futebol. Esta medida vai de encontro a esta relação que temos pelo
esporte. Cabe a todos nós a preservação da memória futebolística do
Pará, e o governo do Estado deu um passo importante neste caminho”,
destacou o secretário.
O presidente da Tuna Luso,
Fabiano Bastos, avalia que a decisão do governador de sancionar as novas
leis atende aos anseios das torcidas paraenses de salvaguardar a
memória dos clubes. “O governador e a Assembleia Legislativa estão de
parabéns por esta iniciativa, que dá aos clubes uma resposta pelo
trabalho feito em mais de 100 anos de historia do futebol paraense”,
disse.
A Tuna Luso Brasileira é o clube mais
antigo do futebol paraense. Fundada em 1903, está entre as equipes mais
longevas do Brasil e, seguido pelo Clube do Remo, fundado em 1905, e
pelo Paysandu Sport Club, fundado em 1914. Estes dois últimos tem as
duas maiores torcidas do Estado. Uma indicação da paixão dos paraenses
por estes dois clubes é o recorde de público alcançado pelo clássico Re x
PA em 1999, quando 65 mil torcedores lotaram o Estádio Olímpico do Pará
para assistir ao embate.
A Organização das Nações
Unidas para a educação, a ciência e a cultura (Unesco) define como
patrimônio cultural imaterial "as práticas, representações, expressões,
conhecimentos e técnicas - junto com os instrumentos, objetos, artefatos
e lugares culturais que lhes são associados - que as comunidades, os
grupos e, em alguns casos, os indivíduos reconhecem como parte
integrante de seu patrimônio cultural".
O
patrimônio imaterial é transmitido em gerações e constantemente recriado
pelas comunidades e grupos em função do ambiente, da interação com a
natureza e da história, gerando um sentimento de identidade e
continuidade, que contribui para promover o respeito à diversidade
cultural e à criatividade humana. (Com informações do Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional)
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