O novo presidente do Supremo Tribunal Federal
(STF), Joaquim Barbosa, criticou nesta quinta-feira, durante a posse que o
levou ao mais alto posto do Poder Judiciário, o excesso de recursos processuais
apresentados por advogados, a demora no julgamento de processos e a ainda
persistente desigualdade entre cidadãos que buscam os tribunais para a solução
de seus problemas.
Alçado a patamares de celebridade após ter
relatado a ação penal do mensalão,
processo que culminou com a condenação de 25 réus entre políticos, empresários
e banqueiros, Barbosa ainda criticou juízes que não se atentam para os anseios
da sociedade e que preferem permanecer “isolados, fechados, como se estivessem
encerrados em uma forma”.
“No exercício da sua missão constitucional, o
juiz deve sopesar, sim, com a devida conta os valores mais caros à sociedade na
qual ele opera. O juiz é um produto do seu meio e do seu tempo. Nada mais
ultrapassado do que o modelo de juiz isolado, fechado, como se estivesse
encerrado em uma forma”, disse, segundo estatísticas do STF, a cerca de 2 mil
convidados.
Avesso a receber advogados em seu gabinete, o
novo presidente da Suprema Corte disse que o Poder Judiciário precisa ser mais
célere, sem recursos procrastinadores e sem “sem firulas, sem floreios, sem
rapapés”. “De nada valem as edificações suntuosas e o sofisticado sistema de
comunicação e de informação se naquilo que é essencial a Justiça falha. Falha
porque é prestada tardiamente”, opinou.
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