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20 de maio de 2013

Detentos fazem rebelião por 12 horas em Salvaterra. Mortadela não!


Dezoito presos não gostaram de jantar arroz e mortadela e se rebelaram


Dezoito presos provisórios da delegacia de Salvaterra, na ilha do Marajó, se rebelaram por cerca de 12 horas dentro da carceragem. Eles tocaram fogo em colchões, lençóis, toalhas e redes, depredaram o banheiro e danificaram as grades da carceragem e das quatro celas existentes no local, conforme relataram o delegado daquela unidade, Victor Manfrini, e o delegado Luciano Cunha, que responde intreinamente pela Superintendência de Polícia do Campo do Marajó. A revolta teve início por volta das 19 horas do último sábado, 18, por conta do jantar servido, que foi arroz e mortadela. O fornecimento da alimentação aos detentos é terceirizado pela Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe). Os detentos se renderam por volta das 7 horas da manhã de ontem.

Ninguém saiu ferido e também não houve reféns, segundo os delegados. Ao todo, mais de 30 policiais civis e militares fizeram o cerco à delegacia para que nenhum detento saísse do local. Os reforços vieram do Batalhão Militar e da Delegacia de Soure, município vizinho, que tem como titular o próprio delegado Cunha, e também do Comando de Operações Especiais (COE) e da Delegacia Fluvial, de Belém. O reforço da capital chegou por volta das 7 horas da manhã de ontem, quando os detentos se renderam. Eles foram transferidos para Belém, onde chegaram por volta das 11h30, sendo distribuídos pelas Centrais de Triagem da Marambaia, Cidade Nova, São Brás e Cremação, segundo o superintendente da Susipe, André Cunha.

Manfrini disse que o tumulto começou quando chegaram as marmitas com arroz e mortadela, que os detentos jogaram fora. "Eles gritavam que queriam comida de restaurante, água gelada e cigarros", contou. Àquela hora estavam de plantão apenas uma escrivã e um investigador. A delegacia é pequena, não há banheiro nas quatro celas e, por isso, os internos ficam circulando por um corredor da carceragem para poderem utilizar o banheiro do local, conforme explicou o delegado. Quando Manfrini chegou ao local, após ser acionado, já havia fumaça no local por conta da queima de colchões e outros materiais. "Eles se amotinaram dentro da carceragem. O portão da carceragem, que é grande e pesado, foi destruído. Eles arregaçaram as grades, mas não conseguiram sair."

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