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11 de junho de 2013

Duas aeronaves fazem pouso forçado no Marajó

Por muito pouco o Pará não registrou um acidente aéreo de grandes proporções, graças à pericia do comandante Ailton José de Sá, do monomotor modelo Corisco, prefixo PT-NIK, pertencente à empresa de táxi aéreo Heiss.
O monomotor precisou fazer um pouso forçado no município de Anajás, na Ilha do Marajó, menos de dois minutos depois de decolar, com três pessoas a bordo, no sábado (08). Além do piloto, José Ailton de Sá, estavam o co-piloto José Nilton de Oliveira e o passageiro Raimundo Pinheiro que ficaram feridos após o acidente.
O monomotor foi fretado para ir a Anajás e, logo após a decolagem do pequeno campo de pouso da cidade, o avião teve que pousar em uma área de mata fechada, próximo à travessa do Flamengo e escola Roseli Paiva, no bairro da Cidade Nova.
“Os três tiveram ferimentos e a perícia do comandante foi importante para se evitar uma tragédia. Bem próximo ficam as casas, todas de madeira, e este era o único lugar aberto para se tentar o pouso”, disse uma testemunha.
O acidente aconteceu depois das 16h. Logo após os moradores escutarem o barulho da aeronave pousando no lugar, trataram de socorrer os tripulantes e passageiros. Eles foram encaminhados ao Hospital Municipal de Anajás.
Segundo informações do médico plantonista no hospital, o piloto teve fratura nas duas pernas e havia suspeita de traumatismo crânio-encefálico. O copiloto José Nilton teve apenas um corte superficial no nariz e o outro passageiro, Raimundo Pinheiro, que fretou o táxi aéreo, teve fratura na perna esquerda. No entanto, o quadro de saúde dos três eram considerados estáveis.
Após serem atendidos em caráter de urgência em Anajás, outra aeronave da empresa Heiss foi ao município buscar os feridos. Eles pousaram no Aeroporto Internacional de Belém às 19h e foram direto a um hangar particular, onde duas ambulâncias esperavam os feridos.
Não foi possível conversar com as vítimas do acidente aéreo. Em duas ambulâncias do Samu e do Corpo de Bombeiros, as vítimas, protegidas com lençóis, evitaram ser fotografadas. “Vamos levá-los a um hospital particular”, resumiu o motorista do carro de resgate dos Bombeiros.
Durante todo o sábado, o DIÁRIO tentou contato com a empresa Heiss Táxi Aéreo, mas ninguém quis falar sobre o assunto. Ontem, uma equipe do Serviço Regional de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos ficou de se deslocar a Anajás, para investigar as causas do acidente.
Uma testemunha ouvida pelo DIÁRIO disse que ouviu o piloto dizer, quando chegava ao Hospital Municipal em Anajás, que o motor do avião teria parado logo depois de levantar voo e, diante das circunstâncias, tentou o pouso forçado no local. Aliás, o único nos arredores da cidade para tal procedimento de emergência.
Segunda aeronave pousa forçado 24 horas depois.
Menos de 24 horas após o primeiro acidente com o monomotor da empresa Heiss Táxi Aéreo, uma segunda aeronave, de prefixo PR-AP4, fez um pouso forçado, na tarde de ontem, no município de Anajás no arquipélago do Marajó. Segundo testemunhas ouvidas por telefone pelo DIÁRIO, três pessoas estavam a bordo da pequena aeronave, mas ninguém ficou ferido, diferente do pouso forçado na tarde de sábado (8), com avião da mesma empresa, que deixou três pessoas feridas.
Segundo informantes que acompanhavam a chegada do avião, a manobra aconteceu quando o mesmo sobrevoava o local do acidente ocorrido no sábado (8) e perdeu altura, batendo em uma torre desativada na periferia da cidade de Anajás. Com extrema perícia depois que o trem de pouso sofreu avaria, o comandante optou por fazer um pouso forçado, jogando a aeronave de barriga na pista de cimento do pequeno aeroporto da cidade. “Ele correu de barriga uns 150 metros até parar bem em frente à casa do Japonês”, informou a testemunha.
Neste segundo acidente, além do piloto, viajavam um mecânico e o dono da empresa Heiss Táxi Aéreo, que nada sofreram além do susto. Novamente este acidente chamou atenção da pequena cidade de Anajás, no centro da Ilha do Marajó, e muita gente viu de perto a aeronave avariada.
A Polícia Militar isolou a área, uma vez que peritos do Serviço Regional de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos estão em Anajás para investigar as causas do primeiro acidente e vão aproveitar para trabalhar na perícia neste segundo pouso forçado. O DIÁRIO procurou o dono da empresa para esclarecimentos, mas ele não foi encontrado.
Fonte: Diário do Pará

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